sexta-feira, 28 de março de 2008

78 ROTAÇÕES - Renato Russo

Ontem, no dia 27/03, o magnífico poeta Renato Russo, líder da Legião Urbana, estaria completando 48 anos de idade se estivesse vivo.
É ótimo sempre ouvir suas composições, sempre me emocionam. É uma pena eu não ter acompanhado o trabalho dele. Em 1996 ano de sua morte, eu tinha 9 para 10 anos, só conhecia as músicas do Renato que ele cantou em italiano que tocaram muito nas rádios, descobri que ele era vocalista da Legião Urbana e que era uma banda de rock, só quando ouvi a notícia de que ele morreu, e eu não imaginava que um dia, me tornaria tão fã da banda. Comecei a ouvir aos 12 anos, passaram muitos especiais da Legião na TV e nas rádios nessa época, e eu assisti todos, e gostei muito da banda. Depois disso sempre entra nas lista das minhas bandas favoritas.também descobri nessa época, que a banda tinha muitos fãs desde a década de 80, e até hoje atrai fãs que tem mais ou menos da minha idade.
O melhor disco da Legião, o Dois saiu em 1986, ano que eu nasci, esse disco me emociona sempre que eu o ouço, tem músicas encantadoras.
Um disco que eu achava que não era bom é Que País é Esse, mas estava enganada, esse é um dos discos mais políticos da banda, isso que me atraiu, ele é o disco mais rock da banda, com músicas como Faroeste Caboclo, por exemplo.


Da minha coleção de discos da década de 80 da Legião só falta o 1° deles, espero que eu consiga encontrá-lo em breve.
Renato Russo era realmente um grande poeta, o guru dos adolescentes como ele era conhecido, pena ter morrido jovem, aos 36 anos de idade. Suas músicas para nós, seus fãs sempre serão inesquecíveis. Aproveito o momento e coloco um clip da Legião Urbana, o escolhido foi Tempo Perdido.

domingo, 16 de março de 2008

SALA DE ESTAR - A Praga dos Reality

Reality Show é uma praga. E é uma praga por três motivos. Primeiro porque são muito ruins mesmo. Não consigo apontar nada de positivo ou construtivo que um programa desses possa acrescentar a nossa vida, muito embora, comente-se sobre os valores, caráter e os relacionamentos sociais e pessoais. Mas geralmente quem assiste a reality's tá a fim de ver barraco e as gostosas semi-nuas, pouco se importando com valores, moral ou ética.

O segundo motivo é que, sendo uma praga, ela infestou toda a televisão. O Sbt já teve, pelo menos, uns vinte reality shows. Hoje ele deu um stop e se contenta com uns dois ou três (o da babá, que é até interessante, e o dos aspirantes a ídolos). Um dos carros-chefes da Globo é o Big Brother Brasil. Bem, com esta galinha dos ovos de ouro quem precisa de outro reality? A Globo, lógico. Apesar de o BBB ser o mais famoso, rentável e bem-sucedido, a Vênus Platinada, volta e meia decide investir em outro programa com um formato similar. Pode ser dentro de outras atrações da emissora mesmo (o Luciano Huck que o diga). A Record tem O Aprendiz (que já mostrou sua força), Mudando de Vida e o Troca de Família. A Mtv tem uns trinta. De namoros à reforma de carros. Mas o pior é que, para cada 5 realitys que a TV aberta lança, a TV fechada lança uns 200. Sony, E!, Fox, TV Senado, TV Escola... A TV fechada está munida dessa praga. E vai do comum ao exótico. Até cirurgia plástica tem.

O terceiro motivo é que o diacho vicia. Claro, depende de você se deixar viciar.

Quando a Casa dos Artistas estreou, nem me passou pela cabeça acompanhar diariamente a novelinha da vida real que o Sílvio Santos "criou" inspirado num reality show holandês chamado Big Brother. Já ouviu falar? Mas eu não tinha nada pra fazer naquele horário mesmo, então eu decidia estudar ou ficar sem fazer nada. Acontece que eu não sei estudar ou fazer nada com silêncio. Então eu ligava a TV. No Sbt. E, sim, dava uma espiadinha... quer dizer, uma olhadinha. Logo, eu não consegui escapar da praga e me pegava assistindo sempre.

Em pouco tempo, o programa enjôou. Mas a verdade é que a Casa sempre teve um problema: O que poderia ser legal - ver os artistas perdendo a pose e mostrando que na verdade são como nós reles mortais ou até piores, não justificando o fato de as pessoas ficarem chorando ou pedindo autógrafos a eles - não era, não funcionava direito. Isso porque a atração reunia uma meia dúzia de artistas decadentes, que o povo nem mais lembrava que existia, e mais uns seis desconhecidos que ainda estavam em busca de uma gravadora ou emissora de TV corajosa que lhes dessem uma oportunidade. O legal seria ver artistas em ascenção por lá. Mas claro que nenhum desses se submeteria a essa experiência. Decadentes e quase-anônimos entravam lá por uma chance de ficar em evidência. É claro, que o reality teve seus trunfos: Supla, Bárbara Paz, Alexandre Frota, Carola (artista????) e Agnaldo Timóteo foram as pedras mais importantes do Xadrez em meio aos peões que residiram lá.

Quando apareceu o BBB, todo mundo começou a comentar. Na escola, no ônibus, na rua, na chuva e na fazenda. Por curiosidade, eu dava uma espiada para ver como era. O fato é que eu nunca consegui assistir a uma temporada inteira do programa. Vidas alheias de anônimos pouco me interessam. Mas, às vezes, é interessante assistir e ver como a Globo manipula o telespectador.

O BBB 8 é uma prova viva disso. Só não viu quem não quis.

É só parar e analisar. Lembra do início do programa? Lá estavam todos os estereótipos. Pelo menos, aparentemente. Tinha a bela, a miss, a caipira, os bonitões, o bonzinho, os batalhadores, os inexpressivos. Mas cadê os polêmicos? E, nossa, ninguém é suficientemente carismático. Ei, e que harmonia é essa dentro da casa??? Ihhh! Isso não ajuda em nada na Guerra da Audiência!!!

Bastou. Foi lá a produção dividir a casa em duas: o grupo da comida boa e farta para um lado e o grupo da comida ruim e escassa do outro. Instalou-se um Big-Fone que também pode ser chamado de telefone da discórdia que, quem atende, ou é indicado ou tem de indicar o outro ao paredão. E, claro, alguns "bonzinhos" começaram a pôr as garrinhas de fora. E dá-lhe Barraco. O Pau comeu solto lá dentro, do jeito que o povo gosta e que Boninho aprova. A produção do programa deve estar satisfeita com o excelente trabalho que fez.

Mas houve um problema. O participante mais polêmico e popular de todos os tempos saiu faltando menos de um mês para o programa acabar. Como manter a audiência ligada em frente à tela nessas últimas semanas sem o polemista e provocativo psiquiatra com seu probleminha de preferência sexual? Ora, chama bandas famosas pra fazer show, mais festas e... que tal chamar uma atriz famosa da casa pra morar lá, nem que seja por 21 horas? Sim, pode ser também.

E foi assim que o BBB 8 funcionou. Movido a discórdia e outros temperinhos mágicos. É, a Globo sabe das coisas.

O mais curioso dos reality's é que essa fórmula é febre lá fora desde os anos 80. O Brasil descobriu o fenômeno com duas décadas de atraso. Mas nunca é tarde demais para descobrir formas bem sucedidas de entreter o público, não? Ainda que entretenimento signifique hoje algo próximo de alienação. Mas não pra se preocupar. Se os céus ajudarem, daqui a pouco, a fórmula já estará desgastada.

segunda-feira, 3 de março de 2008

NA ESTANTE: Tropa de Elite, Iron Maiden e Cássia Eller

Tropa de Elite
O fenômeno do ano passado Tropa de Elite chega em DVD dessa vez em cópias legais. Sem aviso prévio, o explosivo filme de José Padilha chegou em 2007 fazendo um tremendo barulho e, logo, não se falava em outra coisa. Além de trazer Wagner Moura no papel de sua vida, o filme levantou várias discussões e provocou polêmica. Acusações de que Tropa era um filme fascista foi o que não faltaram. Mas nem toda polêmica e pirataria conseguiram derrubar Tropa de Elite, muito pelo contrário. O que aconteceu foi que Capitão Nascimento se transformou no herói do século e Tropa ainda foi premiado com o Urso de Ouro no Festival de
Berlim!
Trailers, entrevistas, galerias de fotos e um bônus especial com versão para MP4 constituem os extras do DVD. Tropa de Elite vai com certeza fazer parte da estante do Bloggalerya.

Iron Maiden: Live After Death
Aproveitando a vinda da banda de Bruce Dickinson ao Brasil, é lançado por aqui o Live After Death. O DVD (que já havia sido lançado em VHS) vem com dois discos. O primeiro traz registros de um show do Iron, em 1984, nos Estados Unidos, durante uma antológica turnê da banda. O segundo traz dois documentários de uma hora de duração com entrevistas, depoimentos e cenas de bastidores. Outro destaque interessante é a apresentação histórica que eles fizeram no Rock in Rio de 1985.

Cássia Eller: Raridades
Como o próprio nome da coletânea diz, o CD traz registros menos conhecidos de uma das mais importantes cantoras brasileiras. O grande trunfo dessa coletânea é captar uma das características mais marcantes de Cássia: a Versatilidade. O disco traz o dueto que a cantora fez com Herbert Viana (Mr. Scarecrow), sua interpretação para o clássico do Nirvana, Smells like teen spirit, registros ao vivo, participações em discos de outros artistas, e outras gravações. Em Raridades desfilam grandes nomes da música nacional e internacional. De Zé Ramalho a John Lennon. De Cole Porter a Cazuza, passando por Gilberto Gil, Djavan e Beatles. Tudo isso interpretado de forma única por Cássia. Raridades é destinado especialmente aos fãs da cantora e àqueles que desejam conhecer mais profundamente tudo o que fez parte de seu eclético repertório.